quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Um desafio nunca vem só

Esta semana, em termos de alimentação, exercício e quantidade de líquidos ingeridos, não está a correr como eu gostaria, é um facto. Na terça-feira fui de autocarro a uma vila alentejana muito bonita tentar encontrar uma casa para alugar (um dia destes conto-vos o motivo). Levei uma ou outra coisa para comer, mas os horários acabam por não ser os mesmos e a qualidade das refeições também não é a mesma. Tinha levado uma sandes de alface e frango, mas acabei por almoçar numa esplanada com as duas amigas que foram comigo. Almocei uma sopa de legumes, uma tosta mista (que me soube pela vida, mas que depois me deixou cheia de remorsos) e uma coca-cola zero. Caminhei, caminhei, caminhei. Não lanchei antes da viagem de regresso e acabei por comer a sandes que tinha levado quando cheguei a casa, por volta das 18h. Foi a primeira vez que comi pão ao lanche desde o dia em que iniciei este percurso, a 2 de Junho. Pão, alface e frango: não me parece bem lanchar algo tão pesado, mas o que já está, já está. Nesse dia ainda fui jantar fora com um casal amigo. Não foi um jantar leve como costumo fazer, mas tentei não me exceder muito. É incrível como a preocupação com a alimentação se tornou tão importante para mim, mas devo dizer que se por um lado isso pode ser um factor positivo porque penso mais nas minhas escolhas, por outro lado, sair do padrão que tenho vindo a seguir, faz-me sentir insegura, nervosa e fora da minha zona de conforto. Apesar disso, acho que me fez bem ter que passar por um dia assim, longe de casa, em que não tive tudo à mão. Ontem, como vim para o Algarve com os meus pais, passei algumas horas a conduzir, bebi menos líquidos e não segui o horário certo das refeições. Apesar de ter parado a meio da viagem e de ter comido alguns cubos de melão, a verdade é que quando cheguei ao meu destino estava cheia de fome. Comi frango assado da churrasqueira, arroz e salada. Outro jantar pesado e pior que isso, foi ter sido comido à pressa. É claro que fiquei mal disposta... Parecia um ataque de gula, não sei explicar. Agora o desafio vai continuar durante os próximos dez dias em que vou ficar no Algarve. Não haverá pesagem na próxima segunda-feira porque eu gosto de me pesar sempre na mesma balança e não a trouxe, portanto só me pesarei, se tudo correr bem, no dia 10 de Setembro. Sei que vou sentir falta do desafio de passar a semana a lutar para conseguir bons resultados a cada segunda-feira, mas espero que esta ausência de pesagem e estes dez dias me ajudem a voltar à rotina e a compensar as asneiras feitas... Nem todos os dias são um mar de rosas. Agora é hora de voltar à rotina e aos bons hábitos que o meu organismo tanto pede.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

93,9 kg :)

Como sabem à segunda-feira é dia de pesagem por aqui. Confesso que durante a semana penso todos os dias: 'qual será o resultado desta semana?' e normalmente os domingos são vividos com alguma expectativa e ansiedade. Para mim estes dois factores acabam por ser positivos porque me estimulam a lutar pelas minhas pequenas metas, uma vez que quero ver um bom resultado na balança a cada segunda-feira. Durante esta semana dei muito de mim em termos físicos. O exercício é mesmo muito importante e acaba por compensar o facto de eu, por exemplo, não retirar por completo os hidratos de carbono da minha alimentação. Conheço a sua importância e não os pretendo retirar, simplesmente passei a ingeri-los com moderação. Mas sabem, o meu esforço está a ser recompensado. Hoje a balança foi amiga e mostrou-me um 93,9 kg, o que significa que perdi 900g esta semana! Há mais de cinco anos que eu não via este número! Conseguem imaginar a alegria que sinto? É tão bom sentir que afinal até sou capaz de fazer algo por mim que até há uns tempos me parecia tão difícil e quase impossível... Mas não é. Afinal não é impossível. E pensar que estou cada vez mais perto da meta dos 90 kg... Que bom! Dantes quando acontecia algo de bom ou mau na minha vida, eu refugiava-me na comida e compensava-me dessa maneira com um chocolate, um croissant, umas bolachas... Esta semana vou recompensar-me fazendo ainda mais exercício porque neste momento a melhor recompensa e alegria que posso dar ao meu corpo e à minha alma é ver um bom número na balança :)

Balanço total:

Início: 02/06/2012 - 100,8 kg
2 meses e 25 dias depois - 93,9 kg
Total de peso perdido: 6,9 kg

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Nem todos os dias são gloriosos

Nem todos os dias são fáceis e eu tenho que assumir as minhas fragilidades para me poder melhorar. Ontem, apesar de ter pensado que estava motivada para praticar exercício físico, bastou subir para a elíptica para me começar a sentir sem vontade de estar ali alguns minutos depois. Aos trinta minutos só pensava em sair dali, tal era a falta de vontade, mas entretanto resolvi escolher uma música acelerada que me transmitisse energia e foi o que fiz. A música ajuda-me mesmo muito. Já experimentei ir sem o mp4 e custou-me muito mais. Parece que me concentro no meu próprio cansaço e a ouvir a minha respiração. Em determinado momento pensei: 'queres melhorar, não queres? então esforça-te, esforça-te!'. Acabei por fazer uma hora de elíptica e alguns outros exercícios. Confesso que não fiquei satisfeita comigo mesma, mas realmente não encontrei motivação suficiente para fazer mais e deixei-me vencer pelo cansaço. Nem todos os dias desta batalha são gloriosos... Há dias em que já senti ter feito aquilo que considero ser o mínimo indispensável, o que não me deixa satisfeita. São dias daqueles em que se cumprem os objectivos mínimos para que não seja um dia 'perdido' de todo. Não sei se me compreendem, mas a minha vontade de evoluir é mesmo muita, no entanto, é contraditório o corpo recusar-se a fazer o que a mente no fundo quer. Não deixa de ser complexo e frustrante... E o pior de tudo isto, é que tenho plena consciência de que deveria dar o meu melhor nestes meus últimos dias de férias porque quando o semestre começar, vai ser muito mais difícil organizar os meus dias de modo a cumprir tudo aquilo que é necessário. Enfim, não será certamente fácil, mas também sei que não sou a única pessoa no mundo a quem isto acontece. Todos temos vida para além da preocupação com o processo de emagrecimento e/ou do estilo de vida saudável... e eu no fundo sei que quero, posso e serei capaz de atingir os meus objectivos se trabalhar para isso. Hoje é um novo dia e sei que vou tentar novamente trabalhar mais um pouco em busca de um melhor eu.


Nota: Sabem do que me lembrei que poderia funcionar como estratégia para ganhar motivação? Isto até pode parecer ridículo, mas pensei em colocar na parede que fica em frente à elíptica uma fotografia antiga de quando pesava à volta de 67kg! É uma fotografia que me diz muito e que marcou uma fase importante da minha vida, para além de ser aquela em que estou com menor peso. A ideia seria olhar para a pessoa que já fui enquanto estou ali e não me deixar ir abaixo, mas sim ganhar garra... Será que funciona? Por outro lado não quero ficar obcecada com isto :p

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Para lá da zona de conforto


Todos temos os nossos objectivos e a verdade é que nenhum deles se concretiza se ficarmos parados à espera que simplesmente aconteça. Por isso, vou dar o melhor de mim no treino de hoje e procurar sair da minha zona de conforto porque, na realidade, só com um grande esforço se poderão conseguir alcançar grandes objectivos!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Exercício físico e força mental


Há um ano e meio atrás fiz o que seria impensável para mim, dado os complexos que tinha e ainda tenho: inscrevi-me num ginásio. Claro que essa inscrição partiu do incentivo de uma grande amiga e não me arrependo nada de a ter feito. A única coisa de que me posso arrepender é de ter desistido. No fundo, se pensar bem, foi mais uma das vezes em que desisti de mim mesma, de lutar pela minha saúde e desperdicei completamente essa oportunidade. Nessa altura eu já vivia uma batalha mental diária há muito tempo: por um lado queria mudar e se possível de um dia para o outro, mas ainda não estava totalmente disposta a apostar naquilo que custa fazer, no espírito de sacrifício. Hoje sei que estava errada e não deixa de ser engraçado reflectir sobre aquilo que eu era há bem pouco tempo atrás e naquilo em que me estou a tornar. Sim, pouco a pouco, vou sentido uma grande mudança em mim, sobretudo do ponto de vista psicológico. Claro que também vou constatando as mudanças externas, mas trabalhar simultaneamente o meu interior é uma das minhas prioridades e nesse aspecto sinto que os meus "treinos" me têm ajudado muito. E em que medida é que eles me ajudam? Ajudam-me porque me vou colocando à prova, vou-me desafiando a mim própria a dar sempre mais de mim, a tentar evoluir, o que acaba por me ajudar a desenvolver a minha força mental, a capacidade de me focar naquilo que é essencial para eu mudar e que até aqui eu praticamente desconhecia. Para dar um exemplo, quando andei no ginásio, para além de fazer passadeira, bicicleta e remo, descobri a paixão pela bicicleta elíptica, mas nessa altura eu não conseguia fazer mais de trinta minutos sem ficar bastante cansada. De tudo o que fazia no ginásio, a elíptica sempre foi o que mais gosto me deu a fazer e o exercício que mais me fez suar. Há dois meses e meio atrás quando iniciei este meu processo de mudança, embora já tivesse uma elíptica em casa, optei por começar a fazer caminhadas longas e diárias, das quais também aprendi a gostar muito. No entanto, no domingo passado decidi subir novamente para a elíptica e ver o que conseguia fazer. Equipei-me, peguei no mp4 e lá fui eu. Comecei o meu exercício e uma hora depois lá terminei. Pensei para mim: "boa, já fizeste o dobro do que fazias, há que continuar". Ontem ao fim da tarde decidi novamente subir para a elíptica, mas confesso que já ia com a ideia de fazer uma hora e meia! E a verdade é que fiz mesmo. Saí da elíptica completamente suada, como se tivesse andado à chuva, nem sei descrever, mas soube-me tão bem ter conseguido! Sabe bem conseguir vencer aquela voz que nos leva a parar quando ainda temos energias para fazermos mais. Estou a aprender a gostar de trabalhar esta característica que todos temos, mesmo que por vezes esteja escondida: a força mental. E penso que se houver um factor-chave para chegarmos onde queremos mais facilmente, esse factor será, certamente, a nossa própria mente.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

94,8kg

Pois é, hoje foi dia de pesagem logo ao acordar e o resultado foi positivo: menos 400g do que na segunda-feira passada. Eu sei que 400g é melhor do que não perder peso e que tudo o que se perde é óptimo, mas confesso que ao ver o resultado as emoções foram mistas. Por um lado, fiquei feliz por ter ultrapassado a minha segunda meta (atingir os 95kg), mas por outro fiquei um bocadinho desapontada... Na verdade, esperava um melhor resultado porque não só mantive a alimentação equilibrada, como ainda me esforcei mais em termos físicos do que nas outras semanas. Tenho consciência de que é natural isto acontecer e que não é assim tão mau. Claro que não é! Basta pensar que ao perder estas 400g atingi o total de 6kg perdidos em 2 meses e 18 dias :) Duas metas alcançadas, portanto. Hum... parece-me que afinal só tenho motivos para sorrir e continuar com toda a garra :)


Balanço total:

Início: 02/06/2012 - 100,8 kg
2 meses e 18 dias depois - 94,8 kg
Total de peso perdido: 6 kg

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Da relação com a balança

A minha relação com a balança nunca foi das melhores e para mim é evidente o porquê: a obesidade e todos os efeitos psicológicos que ela engloba, não rimam com 'amizade pela balança'. No meu caso em particular, passei por fases distintas. A fase que mais tempo durou foi aquela a que chamo a 'fase do deixa andar'. Pura e simplesmente, evitava pesar-me para não ter contacto com algo que me chocasse a mim própria, como se preferisse não ter que encarar a realidade dura e crua. Não deixa de ser curiosa a forma como nós obesos, muitas das vezes preferimos ignorar-nos a nós mesmos e à nossa realidade, como se essa atitude resolvesse ou, pelo menos, camuflasse a verdade. O tempo passa e a verdade não se esconde, por vezes agrava-se. Penso que a única fase em que me senti relativamente bem com a balança foi durante a dieta que mencionei ter feito no passado. Durante esses seis meses, pesei-me todos os dias. Quando comecei a ganhar peso novamente, deixei de me pesar, deixei andar, desliguei-me dessa preocupação. Fiz mal em deixar andar, mas na altura era uma miúda e não tinha consciência do que estava a fazer a mim própria ao ignorar por completo estas pequenas coisas, não só o peso, mas sobretudo a qualidade e a quantidade do que se ingere e a prática de exercício físico. No seu conjunto, todos estes esquecimentos, todos estes momentos em que nos esquecemos de nós, formam como que uma bola de neve cada vez maior. Neste momento, passados 2 meses e meio desde o início da minha reeducação alimentar, sinto que estou a mudar também na forma como encaro a balança. Não me encontro em nenhuma das duas fases extremas: nem na 'fase do deixa andar', nem na fase da pesagem diária. Nem no oito nem no oitenta. Penso que nesta fase estou a encontrar o meu próprio equilíbrio e preocupo-me em pesar-me apenas uma vez por semana, ou seja, não deixo de ter a perda de peso em atenção, mas faço a pesagem apenas à segunda-feira e não todos os dias porque cheguei à conclusão de que isso não é benéfico para mim. Confesso que me sabe muito melhor ver um resultado mais consistente ao fim de uma semana, do que ver um sobe e desce constante e diário. Isso é algo que no meu caso mexe muito com as emoções. Neste momento não quero saber desse tipo de ansiedade, mas sim concentrar as minhas energias a fazer o melhor que puder durante a semana. De qualquer forma e só aqui para nós, tenho o bichinho da curiosidade dentro de mim hoje! Quero muito que chegue segunda-feira porque tenho esperança de que o meu esforço vai ser recompensado... enfim, a ver vamos! :)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O peso da palavra dieta

Se há palavra que me coloca um peso enorme sobre os ombros é a palavra dieta. Ao pensar nesta palavra, penso automaticamente num plano alimentar muito restritivo aliado à sensação de fome, talvez porque a dieta que já referi ter feito aos meus 15 anos me marcou muito nesse aspecto. O plano que me foi indicado nessa altura englobava apenas três refeições diárias e, passados estes dez anos, não o considero saudável, não só por isso, mas por muitos outros motivos. Não sei se a minha aversão a esta palavra vem apenas dessa experiência, mas a verdade é que hoje prefiro pensar de forma diferente e encarar este período de perda de peso como uma fase de mudança gradual mas profunda, que me traga as vantagens que as dietas 'loucas' não trazem como, por exemplo, adquirir e manter hábitos saudáveis para lá do espaço de tempo em que uma dieta habitualmente dura. Na verdade a palavra dieta soa-me a efemeridade e não é isso que eu quero para mim. Para contrariar este sentido faz-me cada vez mais sentido acreditar na expressão 'reeducação alimentar' enquanto algo que permanecerá mesmo depois dos objectivos serem atingidos. E acredito que para muitas pessoas isto pode ser perfeitamente banal, mas para mim, pensar assim, é uma verdadeira luta diária porque sempre gostei de ver resultados a curto prazo e só assim conseguiria alguma motivação. No dia em que iniciei este processo, prometi a mim mesma que iria tentar mudar também esta parte impaciente que há em mim. Não sei identificar o instante preciso, mas sei que nalgum momento passei a dar valor a uma frase que o meu pai me repetiu várias vezes ao longo dos últimos anos, sempre que eu me mostrava insatisfeita com os resultados que obtinha (por achar sempre que era pouco), deixando a dieta para trás: 'demoraste vários anos a ganhar todo esse peso, não o queiras perder todo de uma só vez'. E é isto. Há frases que nos são ditas vezes sem conta e pouco ou nada nos dizem, mas de um momento para o outro, tocam-nos e passam a dizer-nos muito. No fundo, o que quero é continuar a manter a calma que essa frase resume...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

95,2 kg

Hoje, por ser segunda-feira, foi dia de me pesar logo assim que acordei e estou tão, mas tão feliz! Perdi 1,100 kg nesta última semana :) Para mim, que há dois meses e pouco atrás tinha um estilo de vida completamente errado, este resultado sabe-me muito bem. Confesso que pensei que iria perder menos peso, mas agora, olhando para trás, penso que tive uma semana muito boa ao nível da alimentação, sem nenhum deslize. Até mesmo ao nível da ingestão de líquidos, bebi em média à volta de 2,5L de água por dia, excepto no fim-de-semana, em que só bebi 1,5L por dia. Em termos de exercício, sinto que só dei o meu máximo nos últimos dois dias. Sinto que tenho que dar mais de mim em cada exercício. Apesar disso, sei que ver um 95,2 kg na balança me deu uma motivação extra para seguir em frente na longa caminhada que tenho pela frente. Basta pensar que não via este número há mais de cinco anos. Tenho 25 anos e sinto que já desperdicei muito tempo da minha vida concentrando-me em pensamentos negativos que nunca me levaram a lado algum... Mas neste momento surge à luz dos meus olhos a evidência de que posso mesmo ir mais além, se simplesmente eu continuar a querer ir. Afinal, como já ouvi tantas vezes dizer, querer é poder.

Balanço total:

Início: 02/06/2012 - 100,8 kg
2 meses e 11 dias depois - 95,2 kg
Total de peso perdido: 5,6 kg

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O primeiro dia do resto da minha vida


Durante anos, os familiares mais próximos tentaram incentivar-me a adoptar um estilo de vida saudável. Sobretudo os meus pais, sempre me tentaram "abrir os olhos" quando viam que eu comia demasiado, quando ao almoço ou ao jantar eu repetia a dose de comida porque me sabia bem, quando não conseguia comer apenas uma bolacha, entre muitos outros disparates. Sempre fui esquisita com a comida, especialmente com comida gordurosa. Não me considero um bom garfo porque não sou capaz de comer tudo o que me aparece à frente. Mas, por outro lado, quando gosto, gosto muito e sou capaz de repetir. Esse sempre foi um dos meus males. Para além disso, comecei a encarar a comida como refúgio e também como meio de compensação. Hoje percebo que não devo agir assim. Aliás, no dia 2 de Junho comecei a perceber que não era correcto pensar assim e decidi tentar mudar o rumo da minha vida porque esta não deveria continuar a basear-se em lamentações constantes, mas sem fazer nada para que tudo mudasse. No meu caso, depois de me pesar e de ficar indignada por ter chegado aos três dígitos, tive uma batalha mental comigo própria e decidi que deveria começar a fazer alguma coisa por mim, para além de me auto-destruir. Claro que oiço falar nos chamados "cliques" há muito tempo, mas não sei se acredito neles enquanto algo mágico que esperamos que chegue até nós e nos faça mudar. Acredito sim que a mudança pode acontecer se passarmos a acreditar em nós próprios e se começarmos a traçar pequenos objectivos. Não vou dizer que é fácil porque não o é, pelo menos comigo não está a ser fácil. Quando pura e simplesmente não se tem auto-estima, não é fácil lutar contra determinados pensamentos que, por vezes, nos assombram. Ninguém disse que seria fácil mas, independentemente de todas as dificuldades, o que mais quero neste momento é aproveitar esta fase de maior positivismo para cuidar de mim. Espero que esta fase se prolongue e que possa relembrar o dia 2 de Junho como sendo o primeiro dia do resto da minha vida!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um pouco sobre mim

Tenho 25 anos e o excesso de peso acompanha-me desde criança. Aos 15 anos fiz uma dieta com acompanhamento e perdi 15 kg. Nessa altura, vibrei com as mudanças e senti-me verdadeiramente feliz. No entanto, pouco tempo depois, quando comecei a introduzir de novo alguns dos alimentos que não consumi durante essa dieta, voltei a ganhar peso. E desde aí, a minha situação tem-se agravado a cada dia. Lamentei-me bastantes vezes por não me sentir confortável num corpo assim, mas daí a passar à acção propriamente dita, não foi fácil. No dia 2 de Junho deste ano, ao constatar o meu peso (100,8 kg), decidi que estava na hora de tentar mudar os meus hábitos alimentares e o estilo de vida sedentário. De um modo geral, o meu objectivo não é fazer uma dieta radicalmente restritiva, mas sim uma tentativa de reeducação alimentar. Sei que ao optar por este caminho, demorarei mais tempo a atingir o meu principal objectivo, que é alcançar os 60 kg, mas acredito que será uma forma mais saudável de o fazer. É isso que quero: perder peso de forma saudável e adquirir hábitos que, se possível, permaneçam durante a minha vida. Após fazer algumas pesquisas, acabei por começar a acompanhar alguns blogues de pessoas que querem perder peso, que partilham estilos de vida saudáveis e estes têm-se revelado verdadeiras fontes de motivação! Decidi, então, criar este blogue para partilhar o meu próprio percurso e, quem sabe, ajudar alguém para além de mim própria :)